Tragédias Evitáveis 5q4428

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Dentre os chamados ‘acidentes’ envolvendo eletricidade que mais me chamam a atenção estão aqueles que além de serem totalmente evitáveis, continuam acontecendo. Recentemente, uma mãe morreu eletrocutada ao tentar salvar o filho pequeno que estava recebendo o choque proveniente de uma cerca energizada no quintal da sua casa feita por, pasmem, seu pai, para proteger as galinhas da família. Sim, o pai fez uma ‘gambiarra’ eletrificada para proteger as galinhas e perdeu a esposa e, por pouco, também seu filho. A história não poderia ser mais bizarra não tivesse essa mesma pessoa, ao que tudo indica, há um ano, perdido uma filha da mesma maneira. Sim, leitores, é a segunda vez que ele energiza uma cerca para proteger galinhas e perde alguém da sua família.

O que falar em uma situação como esta? Como podemos chamar este fato, de acidente? Antes de tudo, o uso de arame já é perigoso, pois é metálico e conduz energia elétrica. Com isto pode ser atingido por descargas atmosféricas (raios). Porém, neste caso o problema foi outro, a cerca foi energizada clandestinamente e deixada ali para ser tocada a qualquer momento. Nem vamos questionar a sanidade mental deste pai, deixo isso para as autoridades, mas será que um acidente trágico não foi suficiente na vida desta pessoa? A lição não foi aprendida?

maxresdefaultOutro triste exemplo de acidentes evitáveis são aqueles com varais energizados que teimam em se repetir em nosso país. Em um levantamento rápido nos dados da Abracopel, encontramos em 2016: pai, mãe e filho de 4 anos em Alagoas (AQUI); em 2015: mãe e filha morreram (AQUI) e uma adolescente salvando a mãe, ambas na Bahia (AQUI); em 2014, uma senhora de 66 anos no Rio Grande do Sul (AQUI); em 2013, uma jovem grávida de 6 meses na Bahia (AQUI); em 2012, uma senhora em São Paulo (AQUI) e uma adolescente em Alagoas (AQUI); e em 2006, um homem no interior de São Paulo (AQUI).

shutterstock_24091723Vocês devem pensar: é hábito em certas localidades brasileiras o uso de cercas energizadas para proteger patrimônio e o uso de varal metálico para estender roupas. Sim, é! Mas não é hábito observar que a eletricidade pode ser perigosa! Que energizar uma cerca é perigo de morte para todos, que um varal de metal além de atrair descargas atmosféricas (raios), normalmente está próximo de instalações elétricas precárias, e pior: perto da rede aérea onde trafegam até 13800V! A prevenção deveria ser o hábito do brasileiro, mas infelizmente não é. É isso que observamos, a cada dia, ao receber os avisos, pela internet, de mais um ‘acidente’ que poderia e deveria ter sido evitado.

Segundo os dados levantados anualmente pela Abracopel, em 2014, das 627 mortes envolvendo a eletricidade, 214 aconteceram em residências (aqui incluídas casas, apartamentos, sítios e fazendas). Foram mais de 200 pessoas que perderam a vida dentro de suas casas, local onde deveriam se sentir mais seguras. Em 2015, esse número, felizmente, diminuiu um pouco, dos 590 acidentes, 162 pessoas morreram em locais considerados residenciais. Mesmo assim, ainda é um número alto demais se pensarmos que foram acidentes totalmente evitáveis.

É triste. Mas é preciso deixar de lado o sensacionalismo e analisarmos com racionalidade o motivo pelo qual estas pessoas perderam suas vidas. Quando destacamos a palavra acidente entre aspas é porque não acreditamos que efetivamente tenha acontecido um acidente, afinal, segundo o dicionário são considerados acidentes: “eventos de natureza geral que se caracterizam pela impossibilidade de controle dos fatores causadores dos acidentes, ex.: furacões, terremotos etc.”.

Diante deste significado, não podemos caracterizar estas mortes como acidente, pois a origem de suas mortes poderia ter sido evitada. Mas é um fato que continua sendo uma tragédia. Uma tragédia evitável, mas, sem dúvida, uma tragédia.

A Abracopel luta todos os dias para que ‘acidentes’ como estes nunca mais aconteçam. Se você quer saber mais dados sobre acidentes envolvendo eletricidade (choques elétricos, curtos circuitos, incêndios etc.), entre em contato conosco.

Vamos mudar esta realidade!

Meire Biudes

Assessoria de Imprensa

Lambda Comunicação

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