Os conversores de partida e parada suave, ou soft-starter, são dispositivos que trabalham controlando os valores de corrente e tensão na partida e parada do motor, fazendo com que seu acionamento não seja tão danoso à rede que o comporta, aumentando assim sua vida útil, desempenho, confiabilidade, eficiência e valorizando todo seu processo de automação. 252v58
1. MOTOR ELÉTRICO
Durante a segunda revolução industrial, começou-se a sentir a necessidade e os benefícios que a eletricidade traria à humanidade e como ela seria essencial para as próximas revoluções e aprimoramentos da tecnologia, transformando a vida da população e nos guiando para um novo rumo.
Em 1824, descobrem-se campos magnéticos rotativos e então começa-se o estudo e compreensão deste fenômeno. Concentrado na França, Nikola Tesla cria o primeiro motor elétrico de indução.
Em 1889, o russo Mikhail Dolivo-Dobrovolsky inventa o motor assíncrono trifásico gaiola de esquilo (veja figura 1). O seu baixo custo, simplicidade de fabricação e instalação, confiabilidade e sua eficiência fazem com que o motor assíncrono gaiola de esquilo seja o motor mais utilizado nas indústrias atualmente.
2. ACIONAMENTO COM SOFT-STARTER
As soft-starters empregadas nas indústrias atualmente controlam o valor eficaz da onda de tensão em sua entrada através de uma ponte com SRC (Silicon Controlled Rectifier) conhecidos também como tiristores. Este componente eletrônico é acionado de acordo com ângulos de disparos, fazendo com que o valor eficaz seja obtido ao final da partida ou parada conforme figura 2. Desta forma, controlando a tensão, controla-se também o valor da corrente elétrica que em uma partida direta, por exemplo, pode chegar a ser 7 vezes o valor da corrente nominal do motor. Com a soft-starter este valor é reduzido entre 3 e 4 vezes o valor da corrente nominal na partida, fazendo com que se obtenha menos estresse mecânico em todo o sistema, o que aumenta a confiabilidade, vida útil e desempenho de seu sistema geral.
Uma grande vantagem de utilizar soft-starter para partir os motores elétricos em sua planta industrial é conseguir controlá-lo através de uma rede de automação que é disponível pelo conversor, tornando então o sistema centralizado e melhor monitorado.
Na figura 3, observa-se a diferença no comportamento das grandezas tensão, corrente elétrica e torque do motor com partida direta, estrela triângulo e também com uma soft-starter. Visualmente, notam-se tendências totalmente distintas, evidenciando a grande vantagem em utilizar conversores de partida e parada suave.
3. FAMÍLIA DE SOFT-STARTER ALTISTART®
A família de soft-starter Altistart® da Schneider ElectricTM possui 3 ranges Altistart® 01, 22 e 48 conforme figura 4. Pronta para atuar em quaisquer segmentos, aplicações e ambientes, a Altistart® é robusta, de fácil utilização, alto desempenho e rendimento. Protocolos de comunicação industrial incorporados para as famílias Altistart® 22 e 48, benefício ao usuário por possuir by- incorporado que permite a soft-starter um circuito que solta a carga após controlar a partida, fazendo com que seu rendimento e vida útil sejam melhorados. A Altistart® 48 é a soft-starter mais robusta do mercado, possui um sistema de controle de torque (TCS) patentiado pela Schneider Electric™. Atendendo potências de 0,37 kW até 900 kW, os conversores Altistart® trabalham com tensões de alimentação de 100 VAC até 690 VAC. Os conversores possuem displays e terminais para comissionamento e também podem ser parametrizado pelo software gratuito SoMove® que pode ser baixado no site oficial da Schneider Electric™ .
4. BENEFÍCIOS
Ao utilizar uma soft-starter para controlar seu motor, é necessário um investimento, este investimento é resgatado pelo usuário levando em consideração a manuteção da planta e economia de energia. Além de tornar o seu motor um dispositivo de alto rendimento, que agora é controlado e manuseado com mais cuidado e de forma pouco agressiva, reduz a demanda por potência elétrica da rede, controla a partida e parada do motor de forma suave, possui proteções térmicas incorporadas, permite ao usuário comunicar os motores com um sistema automatizado através dos protocolos de comunicação incorporados nos conversores e também suas funções avançadas permitem ao usuário customização na partida, controle e proteções do motor e também da rede.
AUTOR: Eduardo Cardoso Gottschald | Engenheiro de Aplicação