E começou Maio, um mês com diversos títulos como mês das noivas, mas principalmente é o mês das mães. E pensando nessa árdua tarefa que nos é dada, resolvi conversar mais de perto com você, que como eu, é mãe. 2u135g
OS ADOLESCENTES, ALERTA PARA A MOÇADA!
Sou mãe de um príncipe de 15 anos (porque nossos filhos e filhas são príncipes e princesas para sempre e tenho dito!). E como a maioria dos adolescentes, ele vive e sobrevive de celular e computador.
Se você tem um em idade próxima, deve estar balançando a cabeça positivamente, certo? Sim, todos são assim. Nossa tarefa nesse mundo informatizado é ficarmos eternamente atentas, pois cada dia um novo perigo aparece nas redes sociais. E nem é mais preocupação com o tempo que am em frente a um celular ou computador, não é o problema dos olhos cansados ou das costas tortas, o problema é o que tem do outro lado.
Mas, infelizmente, para além desse perigo todo, existe outro que tem rondado cada dia mais nossos adolescentes: os acidentes por choque elétrico com os carregadores de celular. Neste início de ano, tivemos alguns casos que chamaram muito a atenção da mídia, como bateria de celular explodindo dentro da calça de uma menina em Goiás ou outra bateria explodindo dentro da bolsa de uma senhora na Paraíba.
Estes foram casos de explosão de bateria, fato que precisa de atenção da população sobre baterias que não são originais e o cuidado com o aparelho como quedas que podem danificá-lo internamento. Mas, eu quero falar sobre seu filho(a) com o fone de ouvido na orelha, jogando com o celular conectado a tomada? Isso acontece na sua casa, não é? Se sua resposta foi sim, por favor, alerte seu filho(a) sobre o risco que ele corre neste simples ato.
Desde que a Abracopel começou a computar acidentes envolvendo carregadores de celular em 2017, mais de 100 pessoas morreram em acidentes deste tipo, a maioria crianças e adolescentes. Em apenas 8 anos, mais de uma centena de pessoas morreram por absoluta falta de informação.
É tão assustador pensar nisso, que a Abracopel tem lançado vários alertas para a moçada ficar atenta. Eu sei que eles fazem sem nem pensar. Se a bateria começa a descer, eles logo conectam, o problema é que eles não param de jogar ou conversar, ou seja lá o que estiverem fazendo. É preciso um alerta constante para que eles entendam o perigo e, simplesmente, deixem o celular carregar quietinho, de preferência em uma superfície fria e SÓ DEPOIS voltar ao que estavam fazendo. Simples assim!
E OS PEQUENOS?
E quando saímos da faixa etária do meu filho e observamos os pequenos, os bebês de 0 a 5 anos, aí é que a preocupação aumenta. Sim, porque segundo dados do Anuário estatístico de acidentes de origem elétrica da Abracopel, em 2024 morreram 17 bebês em acidentes de origem elétrica, a quase totalidade deles dentro de casa, apenas uma dessas mortes aconteceu do lado de fora da casa. Me digam, mamães, se este número não assustou? Ainda mais sabendo que ele cresceu 70% em relação a 2023, quando tivemos 10 mortes dentro desta faixa etária.
Não sei vocês, mas estes números me revoltam demais. Eu sei que muitas mães podem até me criticar por dizer algo assim. Afinal, que mãe não é atenta em se tratando de seus filhos? Certo? Infelizmente, a resposta é: errado!
E digo isso com dor no coração. A mesma dor que sinto quando abro meus alertas de notícias para computar os dados estatísticos de acidentes com eletricidade pela Abracopel e me deparo com notícias de crianças eletrocutadas dentro de casa. Sinto muito, mas não consigo aceitar. Não consigo achar normal, obra do destino, uma fatalidade. Não aceito nem a palavra acidente.
E sabe por quê? Porque na esmagadora maioria destes casos específicos de morte por choque elétrico, o ‘acidente’ não teria acontecido se um adulto tivesse observado um fio à mostra, uma tomada sem proteção, uma gambiarra ligando um eletrodoméstico em outro, um fio ando por uma área molhada, um ventilador com o fio descascado… Todos estes cenários e muitos outros são armadilhas, mas também são chamarizes para as crianças, principalmente as pequenas. Elas olham o fio, pegam e fazem o que? O que toda criança pequena faz: coloca na boca!
Eu sei que é uma tarefa ‘inglória’ para nós, mães. Eu sei também, que no menor dos descuidos, tudo pode acontecer. Eu sei! Mas não podemos nos dar ao luxo de um descuido, principalmente quando o assunto é eletricidade!
Vários outros acidentes dentro de casa são perigosos e até fatais. Mas nenhum deles leva uma vidinha tão rápido quanto um choque elétrico.
Pense nisso, mamãe! Dê uma vasculhada na sua casa e procure identificar os problemas com eletricidade: tomadas sem proteção, benjamins lotados de tomadas, extensões de fácil o.
E aqui vai uma dica técnica que talvez você não saiba, mas que pode ser a solução para sua ‘neura’ em ter uma casa segura quando se fala em eletricidade. Peça para um profissional eletricista instalar um DR na sua casa.
DR? O que é isso? O Dispositivo Diferencial Residual ou DR é um aparelhinho parecido com um disjuntor. Este dispositivo detecta fugas de corrente, explicando: quando ocorre vazamento de energia, desarmando o circuito onde está ocorrendo o problema, evitando que uma pessoa possa levar um choque.
É coisa de milissegundo, acredita? Se seu bebê estiver colocando uma chave em uma tomada, o DR vai desligar tudo, impedindo que a corrente elétrica chegue até ele. Não é incrível?
Você sabia disso, mamãe? Sabia que no Brasil este dispositivo é obrigatório desde 1997? Pois é, e você nunca tinha ouvido falar, não é?
Mas não é só você não, a maioria das pessoas não conhece e nem sabe que este maravilhoso aparelhinho existe. Mas sabe o que é pior? Pior é quando um profissional consciente orienta a instalar o DR e o cliente acha que ele é caro! Vamos combinar que um aparelho que custa de R$ 80,00 a R$ 200,00 sai bem mais barato do que um enterro, certo? Peguei pesado? Sim, mas tenho certeza de que você não vai esquecer!
Temos a esperança de que as crianças e os jovens estão se conscientizando sobre os riscos que a eletricidade oferece e estão tomando cuidados que antes não tomavam. O Concurso Nacional Abracopel de Desenho, Redação e Vídeo tem importante função nesta conscientização: atuando na faixa etária entre os 06 e 18 anos, há 14 anos esta ação da Abracopel promove uma movimentação nas escolas de todo o país oferecendo premiação para crianças e adolescentes – além de professores e escola, para as melhores redações, desenhos e vídeos que abordem o uso seguro da eletricidade. O concurso tem crescido e a entidade busca apoio das empresas concessionárias de energia elétrica para juntos chegarem a todas as escolas do país.
Bom, comecei este artigo pensando em falar de proteção contra eletricidade perigosa para nossos filhos. Espero que você tenha lido, pensado e se conscientizado. E mais importante: que compartilhe estas informações com todas as pessoas que você puder. Combinado? Então só me resta desejar à você, um feliz e muito, muito seguro Dia, Mês, Ano, Década, Século das Mães!
Meire Martinho é jornalista, mãe, avó, fundadora e atual gerente executiva da Abracopel. Atua também como assessora de imprensa informando as diversas mídias sobre os acidentes de origem elétrica. Para mais dados e outras pautas, seu e-mail [email protected] e seu whatsapp 11 99870-4994.
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